Para comer, para beber ou para remédio? Categorias de Uso múltiplo em Etnobotânica.
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v8.n1%20(Esp.).78Palabras clave:
Conhecimento tradicional, Comunidades tradicionais, Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Plantas Medicinais.Resumen
A utilização de plantas combina uma série de fatores, mostrando a interdependência entre o homem biológico, social e cultural. Dessa forma, as relações entre o homem e o meio ambiente são estabelecidas. Estudos etnobotânicos enfrentam a difícil tarefa de organizar as informações e observações do uso de plantas por comunidades locais em categorias com base nas referências culturais das próprias comunidades. Durante este processo, uma linha tênue é desenhada entre a categoria medicinal e a alimentícia. Para algumas comunidades, no entanto, esta distinção, simplesmente não existe. O objetivo deste trabalho é registrar quais plantas são usadas como alimentos e remédios, ao mesmo tempo, por entrevistados selecionados no Município de Quissamã, para averiguar esta dualidade. No total, 39 espécies de plantas foram encontradas, pertencentes a 23 famílias botânicas, sendo que Myrtaceae (5 espécies), Cucurbitaceae (4 espécies) e Solanaceae (4 espécies) as mais representativas. A ambiguidade das utilizações para fins alimentícios e medicinais mostra a complexidade das categorias nativas. Apesar dos avanços científicos, essas categorias, que fazem parte das estruturas de crenças e representações da população local, não desaparecem. Esta pesquisa exemplifica de forma prática como é obscura a inserção das informações êmicas em categorias e atenta para diálogo maior entre as diversas disciplinas que formam o arcabouço da etnobotânica.Descargas
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