O discurso jornalístico sobre meio ambiente no Jornal Nacional
Palavras-chave:
Jornal Nacional, jornalismo, meio ambienteResumo
O presente projeto tem a intenção de discutir, a partir da análise de matérias veiculadas em algumas edições do Jornal Nacional, a forma como o jornalismo vem abordando temas relacionados ao meio ambiente. O período de análise (2008 e 2009) foi escolhido levando-se em conta a grande mobilização nacional e internacional criada em torno do dia do meio ambiente, 5 de junho. A data foi estabelecida a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, Estocolmo/Suécia. No entanto, somente nos últimos anos é que se tem aproveitado a data para gerar discussões mais prolongadas e aprofundadas sobre o tema, já que se tornam cada vez mais evidentes os efeitos nocivos que os homens vêm causando ao meio ambiente nas últimas décadas. O Jornal Nacional foi escolhido em função de seu alcance em termos de público; da credibilidade conquistada ao longo de anos e da força da emissora “Globo” como formadora de opinião, o que se estende aos seus jornalistas. A escolha das matérias a serem analisadas tem se dado a partir da percepção do tema “meio ambiente” como central. Tais matérias, no entanto, não se limitam às que se restringem a “fenômenos naturais”, ou seja, ao relato de “acontecimentos da natureza”. Procura-se englobar de modo mais significativo as que põem em questão as implicações dos homens na construção dos cenários de degradação ambiental. As análises não se limitam à observação dos discursos dos jornalistas com relação ao tema, abrangendo o seu gestual, a sua indumentária, o cenário do telejornal e os elementos de cena. Até o momento, pôde-se observar que se faz uma limitada contextualização dos fatos que giram em torno da temática. Os fatos são narrados de forma “asséptica”, o que, inclusive, reforça a imagem que o jornalista procura sustentar de si mesmo, como narrador “objetivo” do real. Além disso, a forma como se insere o público na discussão acaba por reforçar o seu próprio estilo de vida “individualista”, que, em última instância, corrobora para a construção desse cenário de degradação do meio ambiente. O público não é levado a pensar sobre o modo como está implicado na questão, restringindo-a à execução de “pequenos paliativos”.
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