Musicalização: um caminho para educação especial (deficientes mentais)

Resumo

A Educação Especial para deficientes mentais do processo educacional, atualmente, como espaço de inserção social e construção da cidadania busca permanente atualização de procedimentos e recursos didáticos. Por muitos e longos anos tivemos as chamadas Classes Especiais cuja função era o “depósito” de alunos, que condenados por possuírem o Q.I. (Quociente de Inteligência) em grau não elevado, ficavam em espaços segregados e sem nenhuma proposta pedagógica coerente com suas potencialidades. Esta realidade transformou-se após vários movimentos mundiais, internacionais e nacionais (Declaração de Salamanca, Parecer 17/ CNE/CEB /2001, etc.); teorias científicas, como a Teoria das Inteligências Múltiplas (Gardner, 1995); reformulações de conceitos como o de cidadania, auto-defensoria, projeto político pedagógico e outros. Hoje, matriculados em escolas regulares, muitos já adultos, com propostas diferenciadas de objetivos, currículo e avaliação. Em Barra Mansa 47 portadores de deficiência mental, adultos participam da Oficina Profissionalizante, cujos objetivos: desenvolvimento físico e intelectual associados à preparação para o trabalho, almejam estar inseridos no mercado de trabalho, oportunizando assim: renda, trabalho e cidadania. A musicalização é disciplina presente neste currículo para o desenvolvimento de habilidades: organização, seriação, raciocínio lógico- matemático, disciplina, psicomotricidade, socialização, ritmo, contenção, oralidade, sensibilização e conhecimento. Através dela os alunos adquirem acesso ao saber, ao fazer e ao sentir. O trabalho de musicalização, tende a mostrar a leigos nesta área, o desenvolvimento e potencialidades de pessoas iguais com algumas diferenças, exatamente como todos nós. Este trabalho é parte da pesquisa dissertativa: “Musicalização Infantil: Formação Docente para Educação Ambiental” e exprime com grande qualidade o valor da música no processo educacional.