Nutrigenômica e Câncer: Uma Revisão

Autores

  • Maria Carolina Ferreira Tessarin Curso de Nutrição do Centro Universitário de Vota Redonda – UniFOA, Volta Redonda, RJ, Brasil.
  • Marcelo Augusto Mendes da Silva Mestre em Ciência dos Alimentos. Docente do Curso de Nutrição do UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v8.n1%20(Esp.).1239

Palavras-chave:

Câncer, Nutrigenômica, Compostos bioativos dos alimentos, Expressão gênica.

Resumo

O homem tem aperfeiçoado técnicas para o tratamento do câncer a cada ano, pois o número de casos tem aumentado, estima-se que em 2020 existam mais de 30 milhões de pessoas vivendo com essa enfermidade. Para reverter este quadro, tem-se estudado sobre a Nutrigenômica, que tem como premissa identificar os genes que afetam o risco de dieta relacionados às doenças a nível do genoma e entender os mecanismos que estão por trás das predisposições genéticas em indivíduos. Contudo, o objetivo deste trabalho é estudar a relação entre a Nutrigenômica e o Câncer, enfocando possíveis efeitos e mecanismos de ação no combate e prevenção da doença. O câncer pode ser definido como uma doença provocada por alterações genéticas que favorecem a perda de controle e funções celulares, permitindo o crescimento descontrolado e desordenado das células. Entre suas causas estão: a susceptibilidade genética e a interação entre esta susceptibilidade e os fatores ou as condições resultantes do estilo de vida e do ambiente. Os sinais e sintomas mais comuns, que aumentam a morbimortalidade das pessoas com câncer e prejudicam a qualidade de vida, são: perda ponderal progressiva, anemia, anorexia, dor, náuseas, vômitos e fadiga. As principais modalidades de tratamento desta doença são a cirurgia e a radioterapia/quimioterapia, com apoio de uma equipe multiprofissional. A partir de dados do sequenciamento do DNA humano, constatou-se que, apesar das profundas diferenças existentes entre os indivíduos quanto a seus fenótipos, seus genomas apresentam similaridade de cerca de 99,9%. A variação interindividual de 0,1% se dá por meio de alterações discretas na sequência do DNA conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único (SNP), que existem aos milhões no genoma humano, e podem influenciar o risco para doenças crônicas não- -transmissíveis (DCNT). Nutrientes e Compostos bioativos dos alimentos podem modular a expressão gênica por mecanismos bastante complexos e dinâmicos. A nutrigenômica tem como objetivo principal o estabelecimento de dietas personalizadas, com base no genótipo, para a promoção da saúde e a redução do risco de DCNT, como o câncer. Mas ainda é necessário a realização de diversos estudos nessa área.

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Publicado

05-04-2017

Como Citar

TESSARIN, Maria Carolina Ferreira; SILVA, Marcelo Augusto Mendes da. Nutrigenômica e Câncer: Uma Revisão. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 8, n. 1 (Esp.), p. 79–96, 2017. DOI: 10.47385/cadunifoa.v8.n1 (Esp.).1239. Disponível em: https://unifoa.emnuvens.com.br/cadernos/article/view/1239. Acesso em: 14 nov. 2024.

Edição

Seção

Especial Nutrição

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