AS INTERFACES ENTRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: A CONTRIBUIÇÃO DE VIGOTSKI

Autores/as

  • Luiza Rodrigues de Oliveira Professora do Departamento de Psicologia/UFF e do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Natureza/UFF
  • Valmir Sbano Professor do Departamento de Psicologia/UFF
  • Rose Mary Latini Professora do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Natureza/UFF e Química do Departamento de Físico-Química/UFF

DOI:

https://doi.org/10.25119/praxis-8-16-734

Resumen

Este artigo discute interface entre o Ensino de Ciências e um de seus fundamentos, a Psicologia do Desenvolvimento. De forma geral, o conceito de desenvolvimento humano vem sendo apresentado como processo de estruturação psicológica da infância até a fase adulta, definição 
que remete à psicologia produzida a partir do modelo da sociedade moderna, que acentua a concepção de natureza humana individual e universal. Uma abordagem do Ensino de Ciências está associada a este modelo, que valoriza a investigação sobre os mecanismos universais do funcionamento psicológico no processo de construção de conhecimento, produzindo práticas 
educativas que negam as diferenças entre os sujeitos no processo de desenvolvimento. E, além disso, produzindo  um panorama da aprendizagem científica que propõe que no desenvolvimento intelectual da criança não há interação entre os conceitos espontâneos e os conceitos científicos, 
mas antes uma fronteira, entre as idéias criadas por um desenvolvimento mental prévio à realidade, oriundo das operações psicológicas universais, e as concepções científicas. Estudamos o desenvolvimento psicológico a partir de outra vertente teórica acerca dos vínculos entre o cultural e o universal, a abordagem histórico-cultural. A psicologia de Vigotski descreve o 
desenvolvimento como um processo que acontece na inserção do homem na cultura, o que leva a compreensão da subjetividade como sendo a produção da singularidade ao longo da história coletiva. Esta ênfase epistemológica engendra novo modo de entender a formação das funções psicológicas superiores e, consequentemente, a formação dos conceitos, prevendo uma relação 
dialética entre os conceitos espontâneos e os conceitos científicos.

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Biografía del autor/a

Luiza Rodrigues de Oliveira, Professora do Departamento de Psicologia/UFF e do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Natureza/UFF

Psicóloga formada pela Universidade Federal Fluminense (1992), possui Doutorado (2003) e Mestrado em Educação (1998) pela Universidade de São Paulo. Professora do Curso de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Professora do Programa Stricto Sensu em Ensino de Ciências da Natureza da Universidade Federal Fluminense. Editora da Revista Ensino, Saúde e Ambiente. Áreas de pesquisa: Ensino de Ciências e Psicologia do Desenvolvimento Humano.

Rose Mary Latini, Professora do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Natureza/UFF e Química do Departamento de Físico-Química/UFF

Possui doutorado (1998) e mestrado (1989) em Geociências-Geoquímica Ambiental, é Licenciada em Química (1987) e possui graduação em Química Industrial (1983). Todos os títulos obtidos pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente é químico da Universidade Federal Fluminense, onde desenvolve pesquisas na área de arqueometria, e professor do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Natureza/UFF, estando ligada à linha de pesquisa Ensino de Química. Em sua produção os temas principais são Arqueometria, Ensino de Ciências e Educação para o Ambiente.

Citas

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VIGOTSKI, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

Publicado

2016-10-09

Número

Sección

Artigos