A oficina de humanização como possibilidade para a transformação do trabalho em saúde.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47385/praxis.v17.n31.5659

Palabras clave:

Humanização da assistência;, Hospitais universitários;, Integração docente assistêncial;, Sistema único de saúde;

Resumen

A Política Nacional de Humanização (PNH) tem utilizado da técnica oficina como ferramenta de fomento e capilarização da Política, objetivando formar e intervir nos serviços de saúde.  A pesquisa apresentada neste artigo propôs analisar possíveis alterações ocorridas nas práticas de profissionais da saúde que participaram da oficina de humanização, realizada em um Hospital Universitário da região Nordeste do Brasil, interessado em obter avanços internos da Política. Com base no aporte teórico das práticas discursivas e produção de sentidos, a etapa de produção de informações gerou quatro categorias: comissão de humanização como espaço de diálogo institucionalizado; conhecimento sobre a PNH; apoio da gestão como fator determinante para fortalecimento da Política; e polissemia sobre humanização. Nos resultados e discussões, os participantes consideraram importante ter um espaço institucional para discutirem e refletirem continuamente sobre como estão produzindo saúde. Nas considerações finais, destacou-se um pequeno avanço no fortalecimento da PNH no hospital, mediante a implantação da Comissão de Humanização, espaço formal apoiado pela gestão, no qual são discutidos os processos de trabalho do hospital e encaminhadas propostas de alterações destes que visem a melhoria do atendimento dos serviços prestados à população.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

LUZIA PRATA, UFAL

Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL (1990). Especialista em Ciências Sociais pela UFAL (1999), em Gestão da em Saúde pela Escola Nacional Saúde Pública - ENSP/FIOCRUZ (2014) e em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde pela Universidade Federal Rio Grande do Norte - UFRN (2014). Mestre no Ensino na Saúda pela UFAL (2018). Doutoranda em Saúde da Família pela RENASF/ UFPB. Coordenei por 12 anos a Política Nacional de Humanização em Alagoas (2011-2023). Atuei como Docente Substituta no curso de graduação de Medicina na Faculdade de Medicina da UFAL 2019-2021, lecionando as disciplinas Saúde coletiva e metodologia Científica. Atualmente desenvolvo a função de Assistente Social no Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) em Cajueiro -AL. Na Secretaria Municipal de Saúde de Pilar- AL coordeno a Política Nacional de Humanização nos equipamentos de saúde do município. Tenho experiência como Gestora Municipal de Saúde, Coordenadora da Atenção Primária em Saúde, Diretora de Vigilância em Saúde. Possuo interesse nas áreas de: Saúde, Humanização em Saúde, Clínica Ampliada, Rodas de Conversas, Saúde Coletiva, Atenção Básica, Integração Ensino-Serviço, Educação em Saúde, Formação para o SUS.

Cristina Camelo de Azevedo, UFAL

Professora Doutora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas. Mestrado em Ensino na Saúde pelo CEDESS/UNIFESP e Doutorado em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ. Professora permanente do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde da FAMED/UFAL e do Mestrado Profissional em Saúde da Família da FIOCRUZ/Polo UFAL.Desenvolve atividades nas áreas de educação, trabalho e saúde, com enfoque no desenvolvimento de equipes, acompanhamento de processos de trabalho e gestão de pessoas.

GABRIELLA Barreto Soares, UFPB

Possuo Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Espírito Santo/UFES (2006-2010); Mestrado e Doutorado em Odontologia Preventiva e Social pela Universidade Estadual Paulista/UNESP (2011-2016) e Estágio de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva na UFES (2017-2018). Realizei Estágio Sanduíche, com bolsa Capes, na University of Massachusetts in Boston/UMASS, College of Public Community Service (2014-2015). Participei da pesquisa sobre o Programa Mais Médicos/PMM, em específico a integração das médicas e médicos cubanos no Brasil, financiado pela Organização Pan-Americana de Saúde/OPAS. Participei do Projeto Análise da Governança do PMM no Espírito Santo, também financiado pela OPAS. Atuei como professora Adjunta no Departamento de Medicina Social na UFES (2016), na Faculdade Multivix de Vitória/ES (2016), e como professora colaboradora no Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba/UEPB (2018). Participei da Comissão Organizadora do Projeto VER-SUS: Vivências e Estágios em Realidades do Sistema Único de Saúde/ES. Tenho por foco e objeto de pesquisa as áreas e temáticas relacionadas à Educação Popular; Políticas Públicas em Saúde; Saúde de Populações Vulneráveis e Comunidades Tradicionais; Trabalho, Saúde e Ambiente e Avaliação de Políticas de Saúde. Atualmente, atuo como Professora Adjunta no Departamento de Promoção de Saúde, do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba, desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão na graduação de Medicina. Sou professora do Mestrado e Doutorado Profissional em Saúde da Família da rede nordeste de formação em saúde da família - RENASF, nucleadora UFPB. E do Mestrado em Saúde Coletiva do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFPB.

Citas

BACKES, Dirce Stein; LUNARDI FILHO, Wilson D.; LUNARDI, Valéria Lerch. O processo de humanização do ambiente hospitalar centrado no trabalhador. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 221-227, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/g6Rdkby5bkgyzFM6VzCRFVC/. Acesso em: 24 mar. 2025.

BARROS, Maria Elizabeth Barros de; MORI, Maria Elizabeth; BASTOS, Solange de Souza. O desafio da política nacional de humanização nos processos de trabalho: o instrumento “Programa de Formação em Saúde e Trabalho”. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 31-48, 2006.

BENEVIDES, Regina; PASSOS, Eduardo. Humanização na saúde: um novo modismo? Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 9, n. 17, p. 389-394, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/qgwhN4TZKY5K3LkPfVRbRQK/. Acesso em: 24 mar. 2025.

BETTS, Jaime. Considerações sobre o que é humanizar. 2011. Disponível em: http://excluidosnageral.blogspot.com/2011/08/consideracoes-sobre-o-que-e-o-humano-e.html. Acesso em: 24 mar. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gestão participativa e cogestão. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo de Trabalho de Humanização. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010a.

BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSus: política nacional de humanização. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: política nacional de humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos HumanizaSUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010b. (Formação e Intervenção, v. 1).

CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Humanização na Saúde: um projeto em defesa da vida? Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 9, n. 17, p. 398-406, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/4XmzCwQ8HQfFRNXpGrPz8Sj/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 24 mar. 2025.

DESLANDES, Suely F. Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 7-14, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/7jS34hDzJbQtCHMjYFHKf4L/. Acesso em: 24 mar. 2025.

FIGUEIREDO, Mariana Dorsa; CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. O apoio Paideia como metodologia para processos de formação em saúde. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 18, n. 1, p. 931-943, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/5jR4yDtHVmVDGB3QFKw79Hd/abstract/?lang=pt. Acesso em: 24 mar. 2025.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - Fiocruz. Humanização. Rio de Janeiro: Fiocruz, [2003]. Disponível em: https://pensesus.fiocruz.br/humanizacao. Acesso em: 24 mar. 2025.

MÉLLO, Ricardo Pimentel et al. Construcionismo, práticas discursivas e possibilidades de pesquisa em psicologia social. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 19, n. 3, p. 26-32, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/MQMyqKPsdBWf5WTFfM6FFPJ/. Acesso em: 24 mar. 2025.

NASCIMENTO, Vanda Lúcia Vitorino do et al. O uso de mapas dialógicos como recurso analítico em pesquisas científicas. In: SPINK, Mary Jany et al. (org.). A produção de informação na pesquisa social: compartilhando ferramentas. 1. ed. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2014. p. 247-272.

PEREIRA, Eduardo Henrique Passos; BARROS, Regina Duarte Benevides de. Humanização. In: PEREIRA, Isabel Brasil; Lima, Júlio César França. (org.). Dicionário da educação profissional em saúde. 2.ed. Rev. ampl. Rio de Janeiro: EPSJV, 2008. p. 243-248.

SPINK, Mary Jany; FREZZA, Rose Mary. Práticas discursivas e produção de sentidos: a perspectiva da psicologia social. In: SPINK, Mary Jany. Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2013. p. 1-21.

Publicado

2025-10-11