Medida da pressão arterial em escolares no município de Resende, RJ
Palabras clave:
hipertensão arterial, avaliação clínica, promoção da saúdeResumen
Não são comuns os trabalhos que tratam de hipertensão arterial sistêmica em crianças, principalmente no que diz respeito forma essencial. Entretanto os números são significativos – 2 a 13% (Magalhães et all – Rev Bras Hipertens 9:245-255,2002) – embora os sintomas comuns sejam frequentemente ausentes, tais como epistaxe, cefaleia, tontura, dispneia e palpitação. Assim, foram examinadas 63 crianças aparentemente normais, matriculadas em escola pública do município de Resende, interessadas em participar de uma escolinha de futebol. Todas foram examinadas com consentimento do responsável, tinham idade entre 7 e 15 anos, com idade média de 11,54, com desvio padrão de 2,23 e moda de 14 anos. Todos foram medidos e pesados, com cálculo do IMC e medido o bíceps do braço dominante, não sendo observado nenhum caso de obesidade ou de desnutrição. Foram encontradas seis crianças com anomalias consideradas leves: três com escoliose, dois com peito escavado e um com anormalidade mista. Os valores pressóricos foram obtidos segundo as normas da Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial, sendo identificados sete (7) com pressão acima do normal. Os indivíduos identificados foram encaminhados para o Programa de Saúde da Família do bairro, sendo confirmada a hipertensão arterial em quatro (4), que corresponde a 6,35%, sendo que nenhuma delas apresentava as anormalidades torácicas citadas. A conclusão dos autores é que a medida da pressão arterial deve ser prática rotineira da avaliação clínica de crianças consideradas normais, para o diagnóstico precoce da hipertensão arterial sistêmica. A medida é importante mesmo que a criança não apresente os sinais clássicos de suspeição, como obesidade ou sintomas, constituindo importante fator para a promoção da saúde.
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