Avaliação da acuidade visual em escolares do ensino fundamental da rede pública de Volta Redonda-RJ entre 2004 e 2008
Palavras-chave:
Acuidade visual, Testes visuais, Estudos transversais, Saúde escolar, Educação em saúdeResumo
Admite-se que 85% do aprendizado se faça por meio da visão, entretanto, a grande maioria das crianças brasileiras em idade escolar nunca passou por exame oftalmológico e aproximadamente 20 a 25% delas possuem algum tipo de distúrbio visual. Do ponto de vista de saúde pública, é muito dispendioso e mesmo inexequível a investigação de problemas oculares em crianças, por oftalmologistas, em exame de massa. Dessa forma, os métodos para a triagem da acuidade visual (AV) devem ser tais que possam ser efetuados por pessoas não especialistas. Relatar e analisar a prevalência de déficit visual em escolares do ensino fundamental de escolas municipais e estaduais do município de Volta Redonda-RJ. Aprimorar o aprendizado dos acadêmicos de Medicina através da técnica de medida da acuidade visual. Evidenciar necessidade de melhoria da assistência oftalmológica pela rede pública. Foi realizado uma revisão de estudos descritivos de delineamento transversal da medida da acuidade visual feito por acadêmicos de Medicina do oitavo período, devidamente treinados, no período de 2004 a 2008. Foram avaliados 3729 alunos do primeiro ao nono ano de 20 (25,0%) das 80 escolas públicas do ensino fundamental do município de Volta Redonda-RJ, através da tabela de Snellen posicionada à 6 metros de distância. Da amostra total, 579 (15,5%) apresentaram acuidade visual menor que 0,8. As idades variaram entre 5 e 18 anos. Quanto a correção óptica, 317 (8,5%) alunos usavam óculos ao exame. Questionados se já haviam consultado com o oftalmologista, 2019 (54,1%) disseram que sim. Entre os amétropes, 252 (43,5%) relataram ter cefaléia, 163 (28,2%) ardência ocular, 145 (25,0%) lacrimejamento e 142 (24,5%) dificuldade visual. O trabalho mostrou que a acuidade visual reduzida foi semelhante a outros estudos com o mesmo objetivo, ou seja, 10 a 20% do contingente etário necessita de correção óptica; logo, programas de saúde pública devem ser implantados de maneira a detectar precocemente distúrbios visuais em crianças para que essas possam ser devidamente tratadas, desenvolvendo satisfatoriamente suas atividades no meio em que vivem. O trabalho desencadeou, por parte dos acadêmicos, a busca pela iniciação científica e, mais importante, interesse de prestar serviços comunitários, onde a população não teria acesso e despertar nela a conscientização do valor da boa visão
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