Crise orgânica, revolução passiva e fascismo na obra de Antonio Gramsci
Palavras-chave:
Gramsci, fascismo, crise orgânica, revolução passivaResumo
O presente texto busca analisar a concepção do filósofo italiano Antônio Gramsci acerca do fascismo, do ponto de vista da estrutura socioeconômica e da superestrutura política – ideológico. Dentre todas as tentativas de entendimento acerca do fenômeno fascista, Gramsci se destaca como um dos primeiros autores marxistas ao tentar defini-lo de forma mais rica e real. Gramsci entende o fascismo como um movimento reacionário de base de massa da pequena burguesia europeia no final da crise orgânica do início do século XX. Neste período, com as mudanças no “bloco histórico” capitalista – do capitalismo concorrencial para o monopolista – a burguesia perde parte da sua legitimidade e surge, daí a necessidade da criação de respostas rápidas e estratégicas da classe dominante frente à “crise orgânica” do sistema. É no contexto desta crise social e política que a pequena burguesia, na busca pela sobrevivência de sua classe e temendo o progresso do movimento socialista, luta para conservar-se no poder e eliminar qualquer ameaça, via consenso e coerção. Organiza-se, então, um bloco aristocrático burguês, guiado por uma ideologia radical e manipulatória e um partido político de tipo novo, que avança promovendo uma “revolução passiva”. Portanto, estamos diante de uma complexa dinâmica de restauração e revolução, no qual o partido fascista tem o objetivo de sustentar o sistema capitalista italiano.
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