Utilizando a semiótica para interpretar ditados populares
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v7.n1%20Esp.2193Palavras-chave:
semiótica, Percie, signoResumo
Charles Sanders Peirce (1839-1914), cientista, matemático, historiador, filósofo e lógico norte-americano, é considerado o fundador da moderna Semiótica. Peirce, como diz Santaella (1983: 19), foi um “Leonardo das ciências modernas”. Uma das marcas do pensamento peirceano é a ampliação da noção de signo e, consequentemente, da noção de linguagem. Peirce “foi o enunciador da tese anticartesiana de que todo pensamento se dá em signos, na continuidade dos signos”; do diagrama das ciências; das categorias; do pragmatismo. Utilizando bases na bibliografia da Santaella, L. (2001), Matrizes da Linguagem e Pensamento, busquei interpretar com embasamento na semiótica o seguinte ditado popular “Em terra de cego, quem tem um olho é rei” entende-se por este que em um lugar, situação ou localidade em que ninguém conhece a fundo um problema, alguém que tenha qualquer conhecimento a mais passa-se por sábio e vira o grande entendedor daquilo que está em discussão. Bastou conhecer um pouco mais sobre o assunto em foco para prevalecer a posição como o melhor conhecedor. De acordo com a teoria de Peirce a terceiridade que é à camada de “inteligibilidade”, ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo, esse ditado representa a vantagem e aproveito de alguns em relação a população e a nossa capacidade de previsão de futuras ocorrências, já que não só conhecemos o acontecimento na medida de possibilidade natural, como já o vimos em ação, e como tal, já nos é intrínseco. Desta forma já podemos antecipar o que virá a acontecer. Escolhi reproduzir essa foto para mostrar como o poder pode ser centralizado nas mãos de um ser com diferencial ou a oportunidade de conhecer determinada questão que os demais não estejam envolvidos.
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