Comunicação interventricular – evolução
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v7.n1%20Esp.1818Palavras-chave:
comunicação interventricular, evolução, CIVResumo
A comunicação interventricular (CIV) é uma cardiopatia congênita acianótica caracterizada por uma abertura no septo que separa os ventrículos esquerdo (VE) e direito (VD). Totaliza 35% das malformações cardíacas, embora apenas 10% dos recém-nascidos possuam sintomatologia. A pressão do VD depende do tamanho da comunicação, pois o VE ejeta sangue para a artéria aorta e também para o VD através da comunicação. Na CIV grande, o débito pulmonar pode exceder ao sistêmico em três ou quatro vezes, e a situação se agrava à medida que há redução da resistência pulmonar nas primeiras semanas de vida. As crianças com CIV de tamanho moderado passam a ter taquidispnéia ao mamar devido à hipertensão venocapilar pulmonar, e possuem maior suscetibilidade a infecções. Na CIV pequena, as pressões do VD permanecem normais e durante o crescimento a criança permanece assintomática; as chances de fechamento espontâneo são altas no decorrer do primeiro ano de vida. A evolução da CIV grande é geralmente de mal prognóstico, sendo o tratamento cirúrgico indicado em casos selecionados, enquanto a média costuma apresentar uma boa evolução no primeiro ano de vida. A cirurgia somente é indicada quando há risco de desenvolvimento de hiper-resistência pulmonar ou quando o hiperfluxo pulmonar é significativo. Já na CIV pequena, não ocorrendo endocardite infecciosa e insuficiência aórtica, o prognóstico é excelente, e na maioria dos casos não é necessário um tratamento específico. Este trabalho de revisão bibliográfica pretende analisar os diferentes tipos de comunicação interventricular, sua evolução e prognóstico, pois mesmo com todos os avanços tecnológicos em diagnósticos, esta patologia ainda tem incidência significante e quanto antes tratada, melhor a evolução do quadro clínico do paciente.
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