Educação física escolar e esportes de aventura uma realidade no IEPR-Instituto Educacional de Porto Real
Palavras-chave:
Educação física escolar, esportes de aventura, lazerResumo
Repensar o tratamento pedagógico oferecido tradicionalmente a determinados conteúdos curriculares, não é tarefa fácil para nenhuma disciplina escolar, tampouco para a educação física escolar. Contudo, é isso que pretendo com este trabalho: repensar e apontar algumas possibilidades para a forma de tratamento pedagógico oferecido aos elementos curriculares da educação física escolar em especial na escolar que ministro as minhas aulas de educação física o IEPR Instituto Educacional de Porto Real. Inicialmente, lançamos um questionamento a centralidade da lógica do trabalho em nossa sociedade, que concomitantemente, institucionaliza-se no espaço escolar e contamina suas práticas pedagógicas, inclusive as da própria educação física. Pensando ser de utilidade reorientar esse aspecto da educação, no intuito de oferecer subsídios para possíveis rupturas a ordem estabelecida, é que apontamos o lazer e especificamente, os esportes na natureza como uma possibilidade de intervenção pedagógica no âmbito da educação física escolar. Este trabalho pretende introduzir uma reflexão acerca da apropriação da prática de esportes na natureza como elemento educativo nas aulas de Educação Física escolar (EFE). A prática esportiva aqui preconizada é dotada de contornos alternativos se comparada aos modelos esportivos tradicionais e institucionalizados, sobretudo os esportes de alto rendimento. O que estamos propondo aqui é uma prática esportiva calcada em princípios fundamentalmente diferentes (BÉTRAN, 2003), a começar pelo deslocamento do objeto de competição do outro, para a natureza ou até para si mesmo, o que cria a possibilidade de surgir uma atmosfera solidária e cooperativa, na medida em que todos naquele grupo compartilham de interesse em comum, portanto, podem articular-se, mais fácil e espontaneamente, de maneira coletiva para alcançarem suas metas (COSTA, 2000). Nesse caso específico, não se trata de uma cooperação forjada artificialmente, como no caso do fairplay, mas sim de uma cooperação que é fruto de um senso de pertencimento coletivo. Em geral elementos ligados a educação ambiental podem emergir com certa facilidade nessas práticas, conforme afirma DIAS (2004) “a dimensão estética, contemplativa, presente nessas práticas, é que viabiliza de maneira lúcida e tangível sua articulação com a ética, imprescindível ao questionamento paradigmático reclamado pela educação ambiental”. Ao sugerirmos que o lazer e os esportes na natureza sejam instrumentalizados como ferramenta de intervenção nas propostas pedagógicas em EFE, estamos vislumbrando um tipo específico de educação física, onde haja uma superação do enfoque ao aprendizado puramente técnico, rumo a um projeto que possa abarcar além dessa dimensão, as co-relações entre o esporte e as vivências corporais praticadas no âmbito da EFE e todo o espectro social, acreditando que com isso conseguiríamos corroborar com uma aprendizagem mais significativa dos alunos, oferecendo uma contribuição mais efetiva ao processo educacional desenvolvido nas escolas.Sendo assim a proposta de EFE em nossa escola é pautada nesse viés com calendário anual de aulas externas como caminhada na pedra selada, costão do pão de açúcar, pico das agulhas negras,mergulho, escalada tirolesa entre outros.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Cadernos UniFOA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Declaração de Transferência de Direitos Autorais - Cadernos UniFOA como autor(es) do artigo abaixo intitulado, declaro(amos) que em caso de aceitação do artigo por parte da Revista Cadernos UniFOA, concordo(amos) que os direitos autorais e ele referentes se tornarão propriedade exclusiva desta revista, vedada qualquer produção, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e, se obtida, farei(emos) constar o agradecimento à Revista Cadernos UniFOA, e os créditos correspondentes. Declaro(emos) também que este artigo é original na sua forma e conteúdo, não tendo sido publicado em outro periódico, completo ou em parte, e certifico(amos) que não se encontra sob análise em qualquer outro veículo de comunicação científica.
O AUTOR desde já está ciente e de acordo que:
- A obra não poderá ser comercializada e sua contribuição não gerará ônus para a FOA/UniFOA;
- A obra será disponibilizada em formato digital no sítio eletrônico do UniFOA para pesquisas e downloads de forma gratuita;
- Todo o conteúdo é de total responsabilidade dos autores na sua forma e originalidade;
- Todas as imagens utilizadas (fotos, ilustrações, vetores e etc.) devem possuir autorização para uso;
- Que a obra não se encontra sob a análise em qualquer outro veículo de comunicação científica, caso contrário o Autor deverá justificar a submissão à Editora da FOA, que analisará o pedido, podendo ser autorizado ou não.
O AUTOR está ciente e de acordo que tem por obrigação solicitar a autorização expressa dos coautores da obra/artigo, bem como dos professores orientadores antes da submissão do mesmo, se obrigando inclusive a mencioná-los no corpo da obra, sob pena de responder exclusivamente pelos danos causados.