A afetividade no ensino de ciências
um estudo em uma escola pública
DOI:
https://doi.org/10.47385/praxis.v15.n29.4350Resumo
O estudo buscou a influência da afetividade nos processos de ensino e aprendizagem em alunos do ensino fundamental, protagonistas de atividades desenvolvidas por eles e pela professora pesquisadora. O objetivo foi o de observar as relações afetivas entre os alunos e a professora no ensino de ciências e entre eles e o espaço escolar durante aulas de ciências. O referencial teórico para a discussão das questões da afetividade foi o trabalho de Wallon e de Vygotsky. A pesquisa de cunho qualitativo, a partir da observação participante, foi realizada com 3 turmas de sétimo ano de uma escola municipal da zona oeste do Rio de Janeiro no ensino de fungos e plantas. Uma sequência didática foi planejada pelos alunos e mediada pela professora pesquisadora. Os resultados mostraram que os alunos passaram a participar mais ativamente das aulas, tendo sido deles a ideia de incluir no planejamento aulas no pátio da escola. As relações afetivas melhoraram e o convívio passou a ser harmonioso e carinhoso. O estabelecimento do sentimento de pertencimento ao espaço escolar também pode ser verificado a partir das respostas que deram aos questionários respondidos após cada etapa da sequência didática. Foi percebida, ainda, uma melhora no rendimento escolar das turmas participantes do estudo. Concluímos que a alteração da rotina das aulas de ciências, solicitada pelos alunos, promoveu o aumento do interesse e do rendimento na realização das atividades, nos afetos identificados (prazer, alegria, cansaço, interesse etc.), no sentimento de pertencimento e consequente cuidado com o espaço escolar, além da melhora da relação afetiva com a professora e pesquisadora.