Higienização das mãos: utilização de uma câmara escura luminescente como recurso didático na prevenção do coronavírus

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/praxis.v12.n1sup.3452

Palavras-chave:

Coronavírus, Práticas pedagógicas, Câmara escura.

Resumo

O conhecimento em higiene consiste na adoção de medidas de proteção, com o intuito de promover a saúde e evitar formas de contaminação por doenças infectocontagiosas. O objetivo desse estudo foi relatar uma experiência pedagógica, sobre o uso de uma câmara escura luminescente por meio de uma atividade lúdica, visando a discussão e à reflexão da importância de higienizar corretamente as mãos para evitar o contágio do Coronavírus e outros micro-organismos infecciosos. Essa atividade foi desenvolvida em uma escola da rede privada, no município de Santa Maria/RS, durante o mês de março de 2020. Os sujeitos dessa atividade foram 26 escolares, pertencentes aos 3° e 4° Anos Iniciais. Foi construída uma câmara escura utilizando uma caixa de papelão e uma lâmpada de luz ultravioleta, além do gel fluorescente feito com o refil de caneta marca texto misturado com gel de cabelo. Para a coleta de dados utilizou-se o diário de bordo do professor, observação participante e uma roda de conversa. Os resultados obtidos evidenciam que a câmara escura é uma proposta inovadora no ensino de ciências, e na prevenção da Covid-19, pois proporcionou a construção do conhecimento, principalmente quando se objetiva a mudança de hábitos de higiene. Percebeu-se que a utilização da câmara escura, como material didático lúdico foi eficaz, pois as crianças tornaram-se multiplicadoras de informações corretas sobre a higienização das mãos ajudando a evitar o contágio do Coronavírus.

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Biografia do Autor

Leonan Guerra, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA, licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, especialista em Educação Ambiental/UFSM, e mestre em Educação em Ciências/UFSM. Atualmente é doutorando em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS, além de idealizador e responsável pelo projeto Oficina de Ciências, desenvolvendo atividades práticas, jogos didáticos, saídas de campo, e modelos tridimensionais de biologia.

Vanessa candito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Formada de Ciências Biológicas pela Universidade Regional do Alto Uuruguai e das Missões: Frederico Westphalen, RS.

Especialista em Educação Ambiental - Universidade Federal de Santa Maria, RS.

Mestranda em Educação em Ciências: química da vida e saúde - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fernando Vasconcellos de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Professor de Química e coordenador pedagógico em escolas públicas, particulares de ensino médio e cursos preparatórios. Participou de projetos no desenvolvimento de ferramentas educacionais para o ensino de Química, mestre em ensino de ciências pelo Programa de Pós - Graduação em Educação em Ciências - Química da Vida e Saúde - da Universidade Federal de Santa Maria.

Maria Rosa Chitolina Schetinger, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Biologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991), doutorado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do Paraná (1996) e pós-doutorado no Albert Einstein College of Medicine/USA (2015). É professora titular da Universidade Federal de Santa Maria e possui bolsa em produtividade em pesquisa nível 1B do CNPq.

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Publicado

21-12-2020