Fatores epidemiológicos e custos de hospitalização por fraturas no Estado do Rio de Janeiro de 2011 a 2021

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47385/interfaces.4631.3.2024

Palavras-chave:

Fraturas Múltiplas, Fraturas Ósseas, Consolidação da Fratura.

Resumo

As fraturas geram consequências econômicas e sociais, o que pode ser considerado como um grave problema de saúde pública, além de ser um problema social pois interfere diretamente na vida laboral provisoriamente ou definitivamente. Fraturas geram gastos mais onerosos com emergência, assistência e reabilitação, do que procedimentos médicos convencionais. O levantamento de dados sobre fraturas envolvendo múltiplas partes do corpo, possibilitará a fundamentação de ações para a redução desses agravos, contribuindo para a diminuição da demanda aos hospitais e para consequente redução dos gastos com a assistência médica. A pesquisa teve como objetivo traçar um perfil epidemiológico dos pacientes internados no estado do Rio de Janeiro por fraturas envolvendo múltiplas partes do corpo adotando um método observacional retrospectivo, utilizando dados coletados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) de janeiro de 2011 a dezembro de 2021. São mais comuns em homens, representando de 70% a 90% dos casos. No estado do Rio de Janeiro, a prevalência de fraturas é de cerca de 64,55% em pacientes masculinos e 35,45% em pacientes femininos, com diferenças em relação a estudos realizados em outras regiões. Quedas são responsáveis por cerca de 38% dos casos, seguidas por acidentes de trânsito (26,4%) e fraturas por arma de fogo (6,9%). Pacientes com 60 anos ou mais representam a maioria dos óbitos relacionados a fraturas de fêmur (83,3%). A faixa etária mais afetada varia conforme a causa da fratura, sendo prevalente entre jovens de 20 a 29 e 30 a 39 anos relacionados a acidentes ou violência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVEDO, Débora de; SOLER, Virtude Maria. Fraturas e imobilizações em ortotraumatologia. CuidArte, Enferm, p. 239-247, 2017. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/bde-32952. Acesso em: 01 out. 2021.

BARBOSA, Rafael Inácio et al. Perfil dos pacientes com lesões traumáticas do membro superior atendidos pela fisioterapia em hospital de nível terciário. CEP, v. 14040, p. 040, 2013.

BARROS, Eduarda Costa; PENHA, Dara Alice de Sousa; SILVA, Naiana Deodato. Internações por fraturas em idosos no estado do Maranhão, 2015 a 2020. Revista de Casos e Consultoria, v. 12, n. 1, p. e25811-e25811, 2021.

BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em http://www.datasus.gov.br Acesso em: 04 out. 2022.

CASTRO, Renata Reis Matutino de et al. Perfil dos pacientes da enfermaria de ortopedia de um hospital público de Salvador-Bahia. Acta Ortopédica Brasileira, v. 21, p. 191-194, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-78522013000400001. Acesso em: 04 out. 2021.

HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen M. Bases biomecânicas do movimento humano. 3a ed. Barueri, SP: Manole; 2012.

LEHTONEN, Eva Jolanda Irene et al. Tendências no tratamento cirúrgico das fraturas do colo do fêmur em idosos. Einstein (São Paulo), v. 16, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1679-45082018AO4351. Acesso em: 04 out. 2021.

LUZ, Kássio Maluar Gonçalves et al. Perfil epidemiológico de fraturas em idosos no estado do Tocantins em uma década (2010 a 2020). Research, Society and Development, v. 10, n. 13, p. e206101320986-e206101320986, 2021.

MACHADO Jefferson Soares, et al. Incidência de pacientes com fraturas atendidos na emergência de um hospital público na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro que realizaram procedimento cirúrgico. Revista FRASCE. 2011. Disponível em: http://www.frasce.edu.br/inativo/frasce/novos_artigos/incidencia_de_fraturas.pdf

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed.-São Paulo: Atlas, 2003.

MARSELL, Richard; EINHORN, Thomas A. The biology of fracture healing. Injury, v. 42, n. 6, p. 551-555, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.injury.2011.03.03 1. Acesso em: 04 out. 2021.

OLIVEIRA, Felipe Azevedo Mendes. et al. Perfil epidemiológico das fraturas radiais distais em hospital de referência em Ribeirão Preto, Brasil. Arch Health Invest, v. 9, n. 3, p. 211-215, 2020.

SANTANA, Vivia Santos et al. Fraturas em pessoas idosas: um estudo sobre os fatores de risco. Interfaces Científicas-Humanas e Sociais, v. 5, n. 1, p. 21-32, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.17564/2316-3801.2016v5n1p21-32. Acesso em: 01 out. 2021.

SALES, Pedro Henrique da Hora et al. Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Fraturas. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac, p. 13-19, 2017.

SILVA, Larissa Aparecida Pereira da et al. Análise retrospectiva da prevalência e do perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma em um hospital secundário. Revista de Medicina, v. 96, n. 4, p. 245-253, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i4p245-253. Acesso em: 02 out. 2021.

SOUSA, Lirian Raquel Bezerra de et al. Notificação do acidente traumático em um hospital público da Amazônia brasileira. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 30, n. 1, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2017.p64. Acesso: 04 out. 2021.

ZAGO, Ana Paula Vergani; GRASEL, Cláudia Elisa; PADILHA, Joice Aparecida. Incidência de atendimentos fisioterapêuticos em vítimas de fraturas em um hospital universitário. Fisioterapia em Movimento, v. 22, n. 4, 2017. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/19511/18859. Acesso: 04 out. 2021.

Downloads

Publicado

2024-09-11

Edição

Seção

Artigo Original