A educação nos assentamentos do MST – “mais do que uma identidade, uma proposta de sociedade”
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v7.n1%20Esp.2030Keywords:
educacão, capitalismo, MSTAbstract
O tipo de exigência e controle que a força econômica e política hegemônica em nossa sociedade vêm fazendo sobre a escola e as instituições educacionais em geral, tem feito com que esses espaços percam seu potencial criativo e se subordinem a dinâmica do capital. Nesse sentido, poder-se-ia afirmar que, a educação na sociedade capitalista contemporânea é norteada por uma lógica ambivalente, que ao mesmo tempo em que forma a força de trabalho exigida pelo capital, transmite um quadro de valores que legitima os interesses dominantes. Isso tem proporcionado um ensino que, ao invés de incentivar a criatividade e o senso crítico, se pauta na aquisição de habilidades técnicas que asseguram os parâmetros reprodutivos do sistema do capital. Diante desse cenário, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra desenvolveu um método pedagógico que se coloca enquanto uma alternativa ao atual processo de ensino-aprendizagem, justamente por entender que não deve haver separação entre o que está acontecendo no assentamento e o que é trabalhado em sala. Trata-se de uma proposta que considera a educação uma das dimensões da formação humana e um instrumento de formação de quadros para a organização e o conjunto das lutas dos trabalhadores, contrapondo-se, pois, ao enfoque tradicional. Assim, o presente projeto visou explorar e compreender os aspectos da prática pedagógica e a proposta de educação do MST, de modo a verificar como a instituição escolar, proposta pelo movimento, pode contribuir para a formação de um indivíduo social emancipado e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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