Revisão sobre a toxicidade e impactos ambientais relacionados à vinhaça, efluente da indústria sucroalcooleira

Autores

  • Felipe de Aquino Lima UFSJ
  • Antônio Carvalho dos Santos Junior
  • Luidi Castro Martins
  • Boutros Sarrouh
  • Renata Carolina Zanetti Lofrano Universidade Federal de São João Del Rei/UFSJ

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v11.n32.465

Palavras-chave:

vinhaça, efluente, indústria sucroalcoleira, impactos ambientais.

Resumo

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de etanol proveniente de cana-de-açúcar. No processo de produção do biocombustível etanol vários resíduos são gerados, dentre eles destaca-se a vinhaça como o mais preocupante, devido as suas características físico-químicas e grande volume gerado. Este efluente é caracterizado altos teores de matéria orgânica, apresentando elevada demanda bioquímica de oxigênio (DBO), pH ácido e a presença de elementos como potássio e enxofre. Tais propriedades conferem a vinhaça um grande poder como poluidor ambiental. Estudos demonstram a contaminação de águas, solos, flora e fauna de mananciais. Considerando-se que o etanol é produzido empregando-se diferentes matérias primas, em inúmeros países, é possível concluir que estamos diante de um problema mundial bastante relevante, relacionado aos usos, armazenamento e descarte desse efluente. Essa revisão apresenta detalhadamente a origem, as propriedades e os impactos ambientais relacionados à vinhaça.

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Biografia do Autor

Renata Carolina Zanetti Lofrano, Universidade Federal de São João Del Rei/UFSJ

Professora Adjunto IV do Departamento de Engenharia Química e Estatística da Universidade Federal de São João del Rei - Campus Alto Paraopeba (DEQUE/UFSJ/CAP).

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Publicado

10-12-2016

Como Citar

LIMA, Felipe de Aquino; DOS SANTOS JUNIOR, Antônio Carvalho; MARTINS, Luidi Castro; SARROUH, Boutros; ZANETTI LOFRANO, Renata Carolina. Revisão sobre a toxicidade e impactos ambientais relacionados à vinhaça, efluente da indústria sucroalcooleira. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 11, n. 32, p. 27–34, 2016. DOI: 10.47385/cadunifoa.v11.n32.465. Disponível em: https://unifoa.emnuvens.com.br/cadernos/article/view/465. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

Tecnologia e Engenharias

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