Análise do número de casos de hanseníase com incapacidade grau II nos estados brasileiros frente as metas mundiais

Autores

  • Lorenna Jacob de Mendonça UniFOA
  • Marina Valéria Mendes
  • Angela Schachter Guidoreni
  • Luiza de Paula Faustino
  • Rachel Valente Ramos

DOI:

https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v16.n47.3622

Palavras-chave:

Hanseníase. Incidência. Doença de notificação compulsória. Organização Mundial de Saúde. Sistema Único de Saúde.

Resumo

O Brasil, em 2018, ocupava o segundo lugar na relação de países com maior número de casos de hanseníase no mundo, o que exigiu a adoção de estratégias para combater a doença, reduzir as incapacidades e o estigma a ela relacionado. Neste sentido, propomos um estudo, com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, através do DATASUS, com objetivos de analisar as taxas de incidência de Hanseníase com incapacidade grau II, no período de 2016 a 2019, nos estados brasileiros, considerando o número total e os dados referentes a faixa etária de 0 a 14 anos, separadamente; avaliar se houve redução no número de casos e se o Brasil está em consonância com as metas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde de reduzir a taxa de casos novos com grau 2 de incapacidade física para menos de 1 caso por 1.000.000 habitantes e zerar o número de casos com grau 2 em crianças, no período de 2016 a 2020. Em relação ao número total, os resultados encontrados mostraram uma redução parcial da incidência de casos com avaliação de incapacidade grau II em quatro dos estados brasileiros; permaneceu a mesma em dois estados; apresentou aumento no restante do país. Já na faixa etária de 0 a 14 anos, em relação a incidência de casos com avaliação de incapacidade grau II, observou-se uma redução em oito estados; a permanência em outros sete e o aumento nos onze restantes. Estes resultados mostram que o Brasil, no período de 2016 a 2019, se manteve distante das metas propostas pela Organização Mundial de Saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lorenna Jacob de Mendonça, UniFOA

Estudante de medicina UniFOA, voluntaria do programa PET-SAÚDE, diretora na associação brasileira de ligas academicas de saúde família.

Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em http://www.datasus.gov.br. Acesso em 01 nov 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle da hanseníase: uma proposta de integração ensino-serviço. Rio de Janeiro: DNDS/NUTES, 1989.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019-2022. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica nº 21. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. 2ª ed. rev. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hanseníase: Atividades de controle e manual de procedimentos/ área técnica de dermatologia. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001.

BORBA, S. M. L. Vigilância epidemiológica da hanseníase na atenção básica: o caso do município de Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, outubro de 2015. Disponivel em: <http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/Vigil%C3%A2nciaHansen%C3%ADase.pdf>. Acesso em 01 dez 2020

EIDT, LETÍCIA MARIA. Breve história da hanseníase: sua expansão do mundo para as Américas, o Brasil e o Rio Grande do Sul e sua trajetória na saúde pública brasileira. Saude soc., São Paulo , v. 13, n. 2, p. 76-88, Aug. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902004000200008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 01 dez 2020.

SAÚDE, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL. Estratégia mundial de eliminação da hanseníase 2016-2020: Acelerar a ação para um mundo sem hanseníase. 2016. Disponível em: < https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/208824/9789290225201-pt.pdf>. Acesso em 11 nov 2020.

SAÚDE, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL. Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Weekly Epidemiological Record, Genebra, n. 94, p. 389-412, 30 ago. 2019. Disponível em: https://apps.who. int/iris/bitstream/ handle/10665/326775/WER9435-36-en-fr.pdf?ua=1. Acesso em 9 out. 2020.

SILVA, et al. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Núcleo Telessaúde Santa Catarina. Abordagem da Hanseníase na atenção básica. Florianópolis: CCS/UFSC, 2018.

Downloads

Publicado

06-09-2021

Como Citar

JACOB DE MENDONÇA, Lorenna; VALÉRIA MENDES, Marina; SCHACHTER GUIDORENI, Angela; DE PAULA FAUSTINO, Luiza; VALENTE RAMOS, Rachel. Análise do número de casos de hanseníase com incapacidade grau II nos estados brasileiros frente as metas mundiais. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 16, n. 47, 2021. DOI: 10.47385/cadunifoa.v16.n47.3622. Disponível em: https://unifoa.emnuvens.com.br/cadernos/article/view/3622. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)