Estudo sobre as possíveis relações entre o karatê e a agressividade
Palavras-chave:
Karatê. Agressividade. Relações.Resumo
O presente estudo objetiva possibilitar uma análise acerca das possíveis influências da prática do karatê em relação ao comportamento algumas vezes agressivo por parte de seus praticantes. Para tal, investigaram-se as linhas teóricas do Karatê, seu histórico, ensino, conceitos e as suas abordagens gerais e, sendo assim, buscou-se compreender como os professores de Karatê trabalham com seus alunos a questão da agressividade, bem como as suas consequências. Além disso, procurou-se estabelecer uma maior compreensão acerca da agressividade, bem como suas principais características e conceitos específicos. A metodologia empregada tratou-se de uma pesquisa exploratória, discursiva, de cunho bibliográfico, além de pesquisa de campo para coleta de dados. O instrumento para a coleta de dados foi um questionário contendo perguntas acerca do desenvolvimento do Karatê por parte dos professores e também a relação destes com a temática da agressividade, através do qual delineamos a pesquisa a fim de obter o subsídio necessário para a análise proposta. Os participantes da pesquisa tiveram as suas respostas analisadas para que as mesmas pudessem ser generalizadas e projetadas, identificando a melhor forma de se aproveitar as informações. Considerando que existem possíveis relações entre a prática do Karatê por crianças e adolescente se o comportamento agressivo eventualmente apresentado pelos mesmos, a elaboração deste estudo justifica-se pela relevância de investigações relacionadas às linhas teóricas do Karatê. Consideramos também os aspectos culturais associados à agressividade e à contribuição que os seus resultados possam vir a apresentar aos profissionais ligados ao processo de ensino-aprendizagem desta arte marcial. Alguns professores consideram que condutas agressivas podem contribuir para o rendimento do aluno, e é esse equívoco que faz com que o indivíduo não seja capaz de lidar com o insucesso, ocasionando algumas vezes ações agressivas e até mesmo a violência. Sendo assim, notamos que podem existir relações entre a prática do Karatê e a agressividade, mas que não é o esporte o causador direto desse comportamento agressivo.
Downloads
Referências
AGUIAR, José. Karatê shito-ryu. São Paulo: edição do autor, 2008.
ALMEIDA Ruyter da Costa. A influência do karatê no desenvolvimento motrício em crianças. 2008. Disponível em: . Acesso em: 08 Fev. 2010.
ALVES, Ana Paula Giroto; SHIRATOMI, Elton da Silva. A arte do karatê como instrumento de cidadania. 2006. Disponível em: <http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1327/1267>. Acesso em: 08 Fev. 2010.
ASSIS, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
BARREIRA Cristiano Roque Antunes. A alteridade subtraída: o outro no esvaziamento do karatê e na redução fenomenológica. 2006. Disponível em: . Acesso em: 08 Fev. 2010.
BETTI, Mauro. (Org.). Educação física e mídia: novos olhares, outras práticas. São Paulo: Hucitec, 2003.
BIRMAN, Joel. Cadernos sobre o mal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
BITTENCOURT Aline Duran da S. Agressividade: fatores que influenciam negativamente a conduta da criança. 2000. Disponível em: . Acesso em: 08 Fev. 2010.
CANDREVA, Thábata et al. A agressividade na educação infantil: o jogo como forma de intervenção. 2007. Disponível em: . Acesso em: 25 Fev. 2010.
DE ROSE JUNIOR, Dante. (Org.). Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FERREIRA, Heraldo Simões. As lutas na educação física escolar. 2006. Disponível em: . Acesso em: 26 Março 2010.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 36. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 47 ed. São Paulo, SP: Paz e Terra, 2008.
FUNAKOSHI, Gichin. Os vinte princípios fundamentais do karatê: o legado espiritual do mestre. São Paulo: Cultrix, 2005.
GAUER, Gabriel Chittó (Coord.). Agressividade: uma leitura biopsicossocial. Curitiba: Juruá, 2008.
GOLDBERG, Jacob Pinheiro. Cultura da agressividade. 3. ed. São Paulo: Landy, 2004.
GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Avercamp, 2005.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física Progressista: a prática crítico-social dos conteúdos e a educação física brasileira. 7 ed. São Paulo: Loyola, 2001.
KUNZ, Elenor; TREBELS, Andreas. Educação Física crítico-emancipatória: com uma perspectiva da pedagogia alemã do esporte. Ijuí: Ed. Unijuí, 2006.
LAGE, Vítor; GONÇALVES JUNIOR, Luiz. Karatê-dô como própria vida. 2007. Disponível em: <http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/motriz/article/view/578/740>. Acesso em: 11 mar 2010.
MAGALHÃES, Érika; ARANTES, Ana Cristina. A competência profissional e o professor de Educação Física. 2007. Disponível em: . Acesso em: 15 Set. 2010.
MARQUES, Antônio. Fazer da competiçao dos mais jovens um modelo de formação e educação.In: GAYA, Adroaldo; MARQUES, Antônio;TANI, Go. Desporto para crianças e jovens: razões e finalidades. Porto Alegre: Ed. da UFGRS, 2004.
MENEGHEL, Stela Nazareth; GIUGLIANI, Elsa; FALCETO, Olga. Relações entre violência doméstica e agressividade na adolescência. 1998. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X1998000200017&script=sci_arttext&tlng=>. Acesso em: 23 Fev. 2010.
MORRIS, Desmond. O macaco nu. 17. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.
NEIRA, Marcos Garcia. Educação física: desenvolvendo competências. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2006.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
NOGUEIRA, Maria do Socorro; RODRIGUES, Ana Maria Silva. Meninos, meninas ou todo mundo junto? A questão do gênero nas aulas de educação física nas escolas da região sudeste da rede pública municipal de Teresina. 2008. Disponível em: <http://www.ufpi.br/def/arquivos/file/MENINOS,%20MENINAS%20OU%20TODO%20MUNDO%20JUNTO.pdf>. Acesso em: 13 Set. 2010.
ROMERO, Elaine. (Org.). Corpo, mulher e sociedade. São Paulo: Papirus, 1995.
SAMULSKY, Dieter. Psicologia do esporte: teoria e aplicação prática. Belo Horizonte: UFMG, 1992.
SANTOS, Ellen Fernanda. Agressividade infantil: possíveis causas e consequências. 2008. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2010.
SANTOS, José Cirone dos. A legitimação social do karatê-dô tradicional e o controle da “agressividade”: um estudo da exclusão da ilicitude na prática esportiva. 2005. Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2010.
SOUSA, Oriana et al. Estudo comparativo de agressividade entre praticantes e não praticantes de desportos de combate – karatê. 2010. Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2010.
SZYMANSKI, Heloísa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. 2 ed. Brasília: Líber Livro, 2009.
TANI, Go. et al. Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
TRAMONTIN, Zilmar; PERES, Luís Sérgio. O karatê como ferramenta minimizadora da agressividade no ambiente escolar. 2008. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1933-8.pdf>. Acesso em: 13 abr 2011.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1992.
VIANNA, José Antônio. Valores tradicionais do karatê: uma aproximação histórica e interpretativa. 1996. Disponível em: . Acesso em: 08 fev 2010.
VILHENA, Junia de; MAIA, Maria Vitória Mamede. Agressividade e violência: reflexões acerca do comportamento anti-social e sua inscrição na cultura contemporânea. 2002. Disponível em: <http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?pid=S1518-61482002000200003&script=sci_abstract>. Acesso em: 23 fev 2010.
WEINBERG, Robert. S; GOULD Daniel. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Cadernos UniFOA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Declaração de Transferência de Direitos Autorais - Cadernos UniFOA como autor(es) do artigo abaixo intitulado, declaro(amos) que em caso de aceitação do artigo por parte da Revista Cadernos UniFOA, concordo(amos) que os direitos autorais e ele referentes se tornarão propriedade exclusiva desta revista, vedada qualquer produção, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e, se obtida, farei(emos) constar o agradecimento à Revista Cadernos UniFOA, e os créditos correspondentes. Declaro(emos) também que este artigo é original na sua forma e conteúdo, não tendo sido publicado em outro periódico, completo ou em parte, e certifico(amos) que não se encontra sob análise em qualquer outro veículo de comunicação científica.
O AUTOR desde já está ciente e de acordo que:
- A obra não poderá ser comercializada e sua contribuição não gerará ônus para a FOA/UniFOA;
- A obra será disponibilizada em formato digital no sítio eletrônico do UniFOA para pesquisas e downloads de forma gratuita;
- Todo o conteúdo é de total responsabilidade dos autores na sua forma e originalidade;
- Todas as imagens utilizadas (fotos, ilustrações, vetores e etc.) devem possuir autorização para uso;
- Que a obra não se encontra sob a análise em qualquer outro veículo de comunicação científica, caso contrário o Autor deverá justificar a submissão à Editora da FOA, que analisará o pedido, podendo ser autorizado ou não.
O AUTOR está ciente e de acordo que tem por obrigação solicitar a autorização expressa dos coautores da obra/artigo, bem como dos professores orientadores antes da submissão do mesmo, se obrigando inclusive a mencioná-los no corpo da obra, sob pena de responder exclusivamente pelos danos causados.