O Desmatamento e o Crescimento urbano desordenado no estado do Rio de Janeiro: impactos na dinâmica do Dengue
DOI:
https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v9.n24.117Resumo
Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública. O processo de urbanização desordenada, principalmente nos países subdesenvolvidos, após o fim da Segunda Grande Guerra, constitui-se ao mesmo tempo em um fator importante para a reemergência do dengue, pela disseminação da infestação pelo principal vetor da doença, e um fator que tem dificultado o seu controle. Entretanto, ainda não se sabe muito da relação de fatores sociais e ambientais com a incidência de dengue. O trabalho teve como objetivo analisar a relação-influência- do atual quadro de desmatamento e crescimento urbano desordenado com a incidência da doença, utilizando dados secundários. Foram coletados dados absolutos de número de casos novos de dengue da Base de dados do IBGE-Séries temporais do crescimento populacional do Estado do Rio de Janeiro e dados secundários provenientes da publicação do Sistema Nacional de Informações em Saúde (SNIS) de 2000 à 2008 e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Observou-se uma relação significativa entre o aumento da ausência de saneamento básico e o aumento do desmatamento, corroborando que fatores sociais e ambientais influenciam na dinâmica da doença.Downloads
Referências
ADGER, W. N.; DESSAI, S.; GOULDEN, M.; HULME, M.; LORENZONI, I.; NELSON, D. R. Are there social limits to adaptation to climate change? Climatic Change, v.93,p. 335-354, 2009.
COSTA, M. C. N.; TEIXEIRA, M. G. A concepção de "espaço" na investigação epidemiológica. Cadernos de Saúde Pública, v.15, n.2, p.271-9, 1999.
GUBLER D.J. Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever: Its History and Resurgence as a Global Public Health Problem. In: Gubler DJ, Kuno G, Eds. Dengue and Dengue Hemorhagic Fever. London: CAB International; . p. 1–22, 1997.
GUBLER D.J. Dengue, Urbanization and Globalization: The Unholy Trinity of the 21(st) Century. Tropical Medicine & International Health, v. 39(4),p.3-11, 2011.
GUBLER, D. J. The changing epidemiology of yellow fever and dengue, 1900 to 2003: full circle? Comp. Immunol. Microbiol. Infect. Dis, v. 27,p. 319–330,2004.
GUZMAN, A.; ISTURIZ, R. E. Update on the global spread of dengue. International Journal of Antimicrobial agents, Amsterdã, v. 36, sup 1 p. 40-42, nov. 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (Brasil). Dispõe dados das taxas de dengue.Disponível em: < http://www seriesestatisticas.ibge.gov.br/ > Acessado em 23 julho 2012
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (Brasil). Sistema de Recuperação Automática-SIDRA. Dispõe o censo demográfico e contagem populacional.Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/ >Acessado em 23 julho 2012.
KUNO G. Review of the factors modulating dengue transmission. Epidemiologic Reviews, v. 17(2), 1995.
LIMA, R.A.P.;BALARINI,A.; AMANAJÁS V. ANÁLISE GEOGRÁFICA DA EPIDEMIA DA DENGUE NA CIDADE DO OIAPOQUE (BRASIL). Anais do Encontro Nacional da Anpur. v.13,p. 1-16, 2009.
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DEFESA CIVIL. Relatório de casos de dengue-2008. Disponível em: Acessado em 10 abril 2012
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO (Brasil) Dispõe dados de saneamento básico e esgoto Disponível em: <http://www.snis.gov.br/ > Acessado em 23 julho 2012
TAUIL, P.L. Aspectos Críticos do controle do Dengue no Brasil. Artigo de Opinião Cad. Saúde Pública.v.18, p.867-871, 2002.
TAUIL, P.L. Urbanização e ecologia do dengue. Cad. Saúde Pública.v.17, p.99-102, 2001.
TEIXEIRA M.G.; BARRETO L.M.; GUERRA Z. Epidemiologia e medidas de prevenção do dengue. Informe Epidemiológico do SUS, v. 8(4),p. 5-33,1999.
TEIXEIRA, M. G.; BARRETO, M. L. Porque devemos, de novo, erradicar o Aedes aegypti. Ciência & Saúde Coletiva, v.1, n.1, p.122-35, 1996.
TEIXEIRA, M.G.; BARRETO M.L.; COSTA, M.C.N.; FERREIRA, L.D.A.; VASCONCELOS, P. Dinâmica de circulação do vírus da dengue em uma área metropolitana do Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 12(2), p. 87 – 97, 2003.
VASCONCELOS P.F.C.; LIMA J.W.O.; RAPOSO M.L.; RODRIGUES S.G.; TRAVASSOS DA ROSA J.F.S.; AMORIM S.M.C.; TRAVASSOS DA ROSA, E.S.; MOURA C.M.P.; FONSECA A.N., TRAVASSOS DA ROSA, P.A. Inquérito soroepidemiológico na Ilha de São Luís durante epidemia de dengue no Maranhão. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 32 (2),p. 171-179, 1999.
VASCONCELOS P.F.C.; LIMA J.W.O.; TRAVASSOS DA ROSA P.A.; TIMBÓ M.J.; TRAVASSOS DA ROSA, E.S.; LIMA H.R.; RODRIGUES S.G.; TRAVASSOS DA ROSA, J.F.S. Epidemia de dengue em Fortaleza, Ceará: inquérito soroepidemiológico aleatório. Revista de Saúde Pública, v. 32(5),p. 447-454,1998.
WALTHER, G.R.; POST, E.; CONVEY, P.; MENZEL,A.; PARMESAN, C.;BEEBEE,T. J. C.; FROMENTIN,,J. M.; HOEGH-GULDBERG, O.; BAIRLEIN, F.Ecological responses to recent climate change. Nature v. 416,p. 389–395, 2002.
WATTS, D. M.; CLARK, G. G.; CRABBS, C. L.; ROSSI, C. A.; OLIN, T. R.; BAILEY, C. L. Ecological evidence against vertical transmission of eastern equine encephalitis virus by mosquitoes (Diptera: Culicidae) on the Delmarva Peninsula, USA. Journal of Medical Entomology, v. 24, p. 91-98, 1987.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (Geneva, Switzerland) Dengue: Guidelines for Diagnosis, Treatment, Prevention and Control 2009.Disponível em: http://apps.who.int/tdr/publications/ > Acessado em: 2 julho 2012.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (Geneva, Switzerland) Scientific Working Group Report of Dengue Dengue net. 2007.Disponível em: <http://www.who.int/globalatlas /DataQuery/default.asp> Acessado em: 2 julho 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Cadernos UniFOA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Declaração de Transferência de Direitos Autorais - Cadernos UniFOA como autor(es) do artigo abaixo intitulado, declaro(amos) que em caso de aceitação do artigo por parte da Revista Cadernos UniFOA, concordo(amos) que os direitos autorais e ele referentes se tornarão propriedade exclusiva desta revista, vedada qualquer produção, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e, se obtida, farei(emos) constar o agradecimento à Revista Cadernos UniFOA, e os créditos correspondentes. Declaro(emos) também que este artigo é original na sua forma e conteúdo, não tendo sido publicado em outro periódico, completo ou em parte, e certifico(amos) que não se encontra sob análise em qualquer outro veículo de comunicação científica.
O AUTOR desde já está ciente e de acordo que:
- A obra não poderá ser comercializada e sua contribuição não gerará ônus para a FOA/UniFOA;
- A obra será disponibilizada em formato digital no sítio eletrônico do UniFOA para pesquisas e downloads de forma gratuita;
- Todo o conteúdo é de total responsabilidade dos autores na sua forma e originalidade;
- Todas as imagens utilizadas (fotos, ilustrações, vetores e etc.) devem possuir autorização para uso;
- Que a obra não se encontra sob a análise em qualquer outro veículo de comunicação científica, caso contrário o Autor deverá justificar a submissão à Editora da FOA, que analisará o pedido, podendo ser autorizado ou não.
O AUTOR está ciente e de acordo que tem por obrigação solicitar a autorização expressa dos coautores da obra/artigo, bem como dos professores orientadores antes da submissão do mesmo, se obrigando inclusive a mencioná-los no corpo da obra, sob pena de responder exclusivamente pelos danos causados.